Assistir a partidas de videogame é uma realidade palpável há uns bons anos. Os canais de transmissão se multiplicam na mesma velocidade com que a audiência (e a receita) aumenta. É um nicho tão promissor que o YouTube, o canal de vídeos por excelência da internet, anunciou uma área totalmente voltada para os games.
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Previsto para o verão do Hemisfério Norte, o YouTube Gaming pretende organizar as mais de 25 mil contas do serviço atualmente dedicadas à jogatina. A decisão chega a ser óbvia, uma vez que vídeos de gameplays são mais vistos do que vídeos de música na plataforma do Google.
Para se ter uma ideia, o sueco PewDiePie faturou nada menos do que US$ 7,45 milhões em 2014 com suas transmissões de gameplay. Seu canal no YouTube tem quase 40 milhões de assinantes. É muito mais do que qualquer cantora pop ou rapper do momento possuem.
Mas a ideia do YouTube não é apenas centralizar a produção de gameplays: ele quer também fomentar a transmissão de partidas ao vivo - hoje um monopólio do Twitch, serviço adquirido pela Amazon no ano passado por quase US$ 1 bilhão e que conta, por mês, com 1,5 milhões de transmissões que geram uma audiência de 60 milhões de pessoas. Para se ter uma ideia, somente a final do campeonato mundial de League of Legends, no ano passado, foi assistida por cerca de 32 milhões de pessoas ao redor do mundo.
No blog oficial do YouTube, o gerente de produto Alan Joyce escreveu que o novo serviço irá oferecer transmissão com frame rate de 60fps e conversão automática dos streamings em vídeos do YouTube. Também, segundo ele, o sistema está sendo redesenhado para que não seja mais necessário agendar eventos ao vivo com tanta antecedência.
São mudanças que empresas como o Google só fazem quando têm certeza do resultado. Nesse caso, eles estão até atrasados.
Jogatina Tech
YouTube Gaming quer a audiência do Twitch
Canal específico de videogames do YouTube antede a demanda que não para de crescer
Gustavo Brigatti
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