
O rapper Sean "Diddy" Combs se declarou inocente, nesta segunda-feira (14) em um novo indiciamento, no qual foram acrescentadas acusações no processo por tráfico sexual e extorsão.
Ele já havia se declarado inocente anteriormente, em uma audiência que envolvia três acusações. No início de abril, os advogados declararam não ter novidades no caso.
— Estas não são novas alegações ou novos acusadores. Estas são as mesmas pessoas, ex-namoradas de longa data, que estavam envolvidas em relacionamentos consensuais —informou a defesa.
Prisão de P. Diddy
As acusações são do final de 2023, quando a cantora Cassie (Casandra Ventura) afirmou que ele a submeteu ao uso de drogas, agressão física e estupro em 2018.
Combs está preso desde setembro de 2024. Há sete meses detido, mais de cem pessoas já relataram abusos cometidos por ele.
Entre as denúncias, há casos de estupro de adolescentes de 13 e 17 anos. A defesa de P. Diddy nega todas as acusações.
Marc Agnifilo, um dos advogados de defesa, afirmou que Combs nunca forçou ninguém a se envolver em atos sexuais contrariadamente e que os "freak offs" eram consensuais.
Documentário
Um documentário inédito, lançado nesta semana, mostra os bastidores de um dos maiores escândalos da indústria do entretenimento.
Diddy: como nasce um bad boy está disponível no Globoplay e traz imagens inéditas e depoimentos de vítimas, funcionários e ex-parceiras do cantor.
Filho de um gângster assassinado no Harlem, Sean começou a trabalhar na música cedo. O documentário percorre a infância e a ascensão do artista na indústria.
A obra também mostra que o comportamento violento de Diddy não era segredo nos bastidores da música. Ex-funcionários contam que o cantor agia com agressividade e usava o medo como forma de comando.
Julgamento
O julgamento do processo está programado para maio, com data provisória para a seleção de um júri no dia 5 e os primeiros depoimentos no dia 12 do mesmo mês.
Se condenado, o rapper pode pegar prisão perpétua.