"A partir de agora, o baile é funk", como já diria MC Jean Paul na abertura da clássica Foi no Verão. E é nesta pegada que o Planeta Atlântida entrega o seu novo projeto, o Baile do Planeta, que será lançado nesta edição do festival. A iniciativa reunirá, no sábado (1º de fevereiro), três expoentes do gênero: Kevin o Cris, representando o Rio de Janeiro, Livinho, de São Paulo, e o DJ Ariel B., gaúcho.
A ideia, de acordo com o diretor artístico do evento, Gustavo Sirotsky, é seguir movimentos artísticos do país, que são observados atentamente pelos organizadores do festival. Eles se inspiraram em nomes como Thiaguinho, que tem o seu Tardezinha, e Ludmilla, com o Numanice, para criar uma marca do festival, que é o Baile do Planeta.
— A gente pensou em criar uma label do festival, inovando no gênero, trazendo alguns dos maiores expoentes do funk brasileiro para fazer um show diferente dos outros do Planetas, porque não vai ter troca de palco. É um show que vai ter uma interação dos artistas em cima do palco. Será um show que propicia que o Planeta, futuramente, possa seguir usando essa label proprietária — destaca Sirotsky.
A proposta é aproximar o evento ainda mais do funk, gênero que, segundo o diretor artístico, é um dos mais escutados e demandados pelo público jovem, que é o alvo do Planeta Atlântida. Esta chamada label, de acordo com Sirotsky, vem na vanguarda, sendo uma das primeiras do país — se não for a primeira a ser criada dentro de um festival de música. É "um show dentro do show".
— O Baile do Planeta tem tudo para ser um golaço nesta edição e para que a gente possa seguir pensando nele não só para o gênero do funk, porque ele se conecta também com outros ritmos, como o rap e trap, por exemplo. Estamos buscando inovar no line-up do festival — comenta Sirotsky. — Será um dos grandes shows do Planeta este ano, pelo ineditismo, por ser algo muito diferente. Vai ser inesquecível.
As escolhas
Livinho e Kevin o Chris foram escolhidos para encabeçar o Baile do Planeta, segundo o diretor artístico do festival, por serem grandes expoentes do funk em seus respectivos Estados — e com projeção nacional —, mas, também, por terem colaboração. A dupla, em 2023, lançou o EP Eu Amo o Rio, Eu Amo SP, com seis músicas feitas em conjunto.
Tal decisão se deu para que, durante a apresentação no palco principal do Planeta Atlântida, eles possam cantar individualmente, mas, também, juntos, animando a plateia com a dobradinha. Esta será a estreia de Livinho no festival, enquanto Kevin o Chris já esteve no evento, mas não no espaço principal. Já o DJ Ariel B. será o host deste encontro. Ele abrirá a festa e será o responsável pela apresentação dos convidados.
— A gente vai estar integrado para fazer esse show como uma unidade. Não vai ser "ah, começa o show de um, acaba. Começa o show do outro, acaba". A nossa ideia é a gente estar junto no palco, fazendo essa participação entre os shows e colaborando para criar essa vibe de Baile do Planeta. Não serão shows individuais — garante Ariel B.
E para ser um dos rostos que fará a abertura desta nova marca do Planeta, o DJ e produtor gaúcho está trabalhando arduamente na apresentação — e sempre em contato com os colegas de fora, para fazer um show animado:
— Estou no estúdio neste momento preparando um show novo, com pot-pourri dos hits do momento, vários remixes novos. Estou montando uma abertura superespecial. Quero sempre levar a melhor vibe, deixar a galera muito para cima. Então, as músicas que vou tocar vão ser para levar alegria para o povo gaúcho, representar o Rio Grande do Sul como um artista local. É uma honra.
E se o baile já não estava bom o bastante, o Sirotsky ainda promete:
— Podemos ter surpresas aí (risos). Não podemos entregar tudo, mas eu daria um palpite de que a gente ainda vai ter algumas surpresas aí, outras participações.
Ah, e o MC Jean Paul, citado no começo da matéria, apesar de não estar no Baile do Planeta, estará no festival. O funkeiro gaúcho fará um show em conjunto com a Comunidade Nin-Jitsu. O Planeta Atlântida ocorre nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, na Saba, em Atlântida.