Grupo de samba Casuarina apresenta disco novo em Porto Alegre

É com muito samba autoral que o Casuarina volta a Porto Alegre. Lançando o seu sétimo disco de estúdio, o quinteto carioca se apresenta na noite desta quinta-feira, a partir das 22h, no Opinião.

O Casuarina é egresso das rodas de samba da Lapa, tradicional reduto da boemia carioca redescoberto entre o final dos anos 1990 e começo dos anos 2000. O espaço, até então deixado à mingua pelo poder público e pela população, viu nascer uma nova cena do gênero.

– Esse movimento de revitalização da Lapa não só mostrou que havia interesse do público em frequentar o lugar como também de artistas que precisavam de espaço – explica o vocalista e percussionista Gabriel Azevedo. – Além da gente, vieram vários outros, como Teresa Cristina, Pedrinho Miranda e Moyseis Marques.

Unindo essa turma estava (e está) a paixão pela pesquisa, especialmente de compositores desconhecidos do universo do samba da Era do Rádio. Com o tempo, o Casuarina passou também a estudar gente “mais nova”, como Dorival Caymmi – homenageado no disco No passo de Caymmi. Nos últimos 15 anos, essa tem sido a toada do grupo, intercalando um disco de versões com outro autoral.

O mais recente, 7, lançado em junho, é um passo adiante para o Casuarina.

– Gravamos inteiro em quatro dias, a banda toda tocando ao vivo em um estúdio no interior de São Paulo, algo que nunca tínhamos feito antes – conta Azevedo. – Incluímos também baixo e piano, o que deu uma certa mudança no resultado final, que tem agradado bastante. Eu diria que é um disco de maturidade.

No show, o trabalho vai ser apresentado na íntegra e na ordem em que foi composto. Faixas de outros trabalhos autorais também estarão presentes. O bis é outro assunto, adianta o músico:

– Vamos só de músicas de outros compositores que são sucesso, como Eu quero é botar meu bloco na rua (Sérgio Sampaio) e Canto de Ossanha (Vinicius de Moraes/Baden Powell).