
Toda semana, um jornalista do Grupo RBS irá compartilhar na seção O que Estou Lendo a sua paixão por livros por meio de dicas do que estão lendo no momento.
Cem Anos de Solidão é mais do que um livro: é um acontecimento.
Confesso que tinha uma lacuna na minha vida literária. Eu nunca havia lido a obra-prima de Gabriel García Márquez, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1982 e um dos grandes autores da literatura latino-americana (e mundial). Na verdade, eu tentei e fracassei miseravelmente.
A obra sempre esteve na estante do meu pai, leitor assíduo que, nas décadas de 1970 e 80 era sócio do Círculo do Livro. Por isso, a leitura era (e é) uma rotina lá em casa, especialmente dos clássicos. E lá estava ele, o livro de capa azul de García Márquez. Peguei para ler algumas vezes na adolescência. Por imaturidade, talvez, nunca consegui terminar.
Pois bem. Passados 30 anos, depois de assistir à série homônima na Netflix, criei coragem. E que bom que fiz isso, porque é um livraço.
A obra conta a história da família Buendía por gerações, na cidade fictícia de Macondo, de um jeito meio maluco (realismo mágico). É lindo, criativo e bem escrito.
Não é à toa que a obra vendeu mais de 50 milhões de cópias, em todas as línguas que você puder imaginar. Foi lançada em 1967 e não tem data de validade. É eterna e será sempre um convite a uma ótima leitura.

"Cem Anos de Solidão", de Gabriel García Márquez
- Editora Record, 448 páginas, R$ 69,90
- Tradução de Eric Nepomuceno