Em 1847, um grupo de caingangues que vivia no Vale do Caí decidiu atacar a propriedade de um imigrante alemão chamado Jacó Bohn, onde hoje fica o município de Feliz. Não gostavam da presença daquela gente de pele e olhos claros, em terras que consideravam suas. Só que, armados com mosquetões rudimentares e cães ferozes, os colonos europeus contra-atacaram e expulsaram os indígenas para o outro lado do rio. Ficou por ali, abandonada, uma criança indígena, que acabou adotada por um português e ganhou nome de Luís Antônio da Silva Lima. Logo se tornou um elo entre os germânicos e as tribos originárias da região, tanto em tempos de paz como nos de conflito. O episódio mostra que guerra não faltou nas primeiras décadas da imigração alemã no Rio Grande do Sul, que completa 200 anos em 2024.
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Livro relata a tensa relação entre imigrantes alemães, negros e indígenas que viviam no Rio Grande do Sul
Na obra "Invisíveis", os jornalistas Gilson Camargo e Dominga Menezes resgatam episódios de sequestros, matanças e escravidão vivenciados durante os primórdios da colonização germânica no território gaúcho