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"Vidas negras importam". É inacreditável que, em pleno 2020, campanhas nas redes sociais e manifestações na vida real tenham que bradar o que deveria ser óbvio. Racismo não combina com progresso, não rima com humanidade e nem deveria ser parte do nosso vocabulário. Mas, como sempre é tempo de trazer essa discussão à tona, confiram três livros de ficção com a temática que permanece atual:

O Sol é para todos (Harper Lee): A pequena Scout não entende o ódio de uma cidade inteira contra seu pai, um advogado que resolve defender um homem negro de uma grave acusação. Aos poucos, a menina começa a perceber, de maneira dura, que vive em uma sociedade intolerante e preconceituosa. (José Olympio, R$ 41*)

O Olho mais azul (Toni Morrison): Primeira negra a conquistar o prêmio Nobel de Literatura, Toni alterna a linguagem poética e a inocência infantil para falar sobre temas dolorosos. É um livro por vezes chocante, mas necessário para entendermos muitas questões. Companhia das Letras (R$ 33*)

O Ódio que você semeia (Angie Thomas): A jovem Starr presencia o assassinato de seu melhor amigo durante uma batida policial. Esta história lhes parece familiar? Infelizmente, é comum com jovens negros de periferia, e está aí o grande mérito da obra: questionar por que nos conformamos com esse tipo de injustiça. (Galera, R$ 44*)