Foi numa viagem bem sonhada que conheci estes DOIS quilômetros quadrados de terra dos príncipes, embatendo com este imponente local imperial. A atriz Grace Kelly, na época de plebeia, casou-se com o Príncipe Rainier em um evento de potencial midiático maior até que a união de William com Kate Middleton. Só que foi na década de 1950, e internet, redes sociais e cobertura via satélite para o mundo todo ainda não existiam. Mônaco é um pequeno principado situado na Riviera Francesa, abraçado pelo quente Mediterrâneo por um lado e por um muro de colinas montanhosas que delimitam este lugar glamoroso por outro.
O luxo espreita a cada esquina: ostentado em vitrines de conhecidos estilistas internacionais, os palácios monumentais, elegantes casais a quem aprimorados senhores abrem portas em subserviência total, os majestosos cassinos, os Porches, Ferraris e Lamborghinis Enfim, um mundo de ficção cinematográfica!
Não é à toa que Monte Carlo tem a maior incidência de milionários por metro quadrado do mundo. Bairro residencial formado em sua maioria por casas, mansões e suntuosas construções em estilo vitoriano, vivencia o seu apogeu todos os anos no mês de maio, ao servir de palco para o mais famoso circuito da temporada de automobilismo, O Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula-1. Suas ruas e marinas são tomadas por milhares de turistas e frequentadores vindos de diversas partes do mundo, que disputam espaços para ostentar seus carros esportivos e iates espetaculares, um verdadeiro desfile a céu aberto.
Confira fotos de Mônaco que os leitores mandaram para o Seu Olhar
Próximo ao circuito está localizado o mais tradicional hotel da região, o famoso Hotel Paris, berço do estreladíssimo restaurante Luis XV, comandado pelo renomado chef Alan Ducasse, que dispensa maiores apresentações. Em frente ao Hotel Paris, no quadrilátero central, situa-se o Cassino Monte Carlo, local de apostas onde frequentadores e visitantes testam a sua sorte diariamente em máquinas caça-níqueis, roleta e mesas de Black Jack, tentando duplicar suas fortunas ou aumentar o orçamento esticando um pouco mais a viagem.
Percorri cada curva do Grande Prêmio, como se os meus olhos fossem as câmeras televisivas que levam a minha casa estas imagens e sentindo o ruidoso som do F40 que cursa atrás de mim na passagem no famoso túnel.
Tentando ingressar naquele sofisticado sonho, entrei no Casino de Mônaco, onde vivi a paz de espírito de uns e o nervosismo de outros, que imprimiam toda a força interior a cada jogada, e o som das moedas caindo e desenhando o sorriso da vitória ao jogador premiado. Óbvio será que, em numerário, nada auferi
Mas, intimamente, enriqueci, com mais uma peça do puzzle das viagens vividas, culturas exploradas e construção do meu eu! Entrei no carro que me levaria dali e fechei a porta atrás de mim Senti o meu coração preenchido de cor: talvez de um luxuoso ouro e um vermelho Ferrari. Senti-me Feliz ! Para que servem as viagens, afinal?