
Entrar em contato com as secretarias de educação e com as prefeituras em busca de vagas para os filhos menores de quatro anos em creches foi a atitude de 33,9% dos pais ou responsáveis Rio Grande do Sul, o que coloca o Estado na terceira colocação nacional na luta pela inserção das crianças nesses espaços de cuidado. Os dados foram revelados nesta quarta-feira por uma pesquisa inédita do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que buscou analisar a realidade dos cuidados com a primeira infância no país em 2015.
A busca por vagas em creches foi um dos dados revelados por Estado. Na liderança dessa lista está Santa Catarina, onde 41,3% dos pais ou responsáveis fizeram alguma coisa para colocar as crianças de até quatro anos em um espaço de cuidado, e São Paulo, onde o índice foi de 40,3%. Os últimos da lista são Acre, com 8,5%, Sergipe, com 9,5%, e Pará, com 12,2%. A média nacional foi de 26,7%.
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Outro dado revelado por Estado foi o da vontade dos pais ou responsáveis em encaminhar os menores de quatro para creches, independentemente de terem buscado ajuda ou não. Nesse índice, o Rio Grande do Sul ocupa a nona colocação, com 217 pais ou responsáveis para cada mil pessoas com interesse de que as crianças contassem com o cuidado de uma creche. No topo do ranking estão São Paulo, com 819, Minas Gerais, com 440, e Bahia, com 419. Já no final da lista estão Roraima, com 19, Acre, com 27, e Amapá, com 29. A média nacional foi de 175.
A pesquisa também revelou o número de crianças que ainda não contavam com os cuidados de uma creche em cada Estado. No Rio Grande do Sul, 341 mil crianças menores de quatro anos não estavam sob os cuidados de uma creche, o que coloca o Estado na nona colocação do país no número de pequenos sem esses espaços. No topo do ranking estão São Paulo, com 1,2 milhão, Minas Gerais, com 733 mil, e Bahia, com 678 mil. Na outra ponta da tabela estão Roraima, com 28 mil, Amapá, com 48 mil, e Acre, com 56 mil. A média nacional foi de 284 mil.
Maioria das crianças fica no mesmo local e com o mesmo cuidador
Já quanto ao número de crianças menores de quatro anos que, nos últimos três meses, normalmente permaneciam, de segunda a sexta-feira, de manhã e de tarde, no mesmo local e com a mesma pessoa, o Rio Grande do Sul ocupa a oitava colocação. No Estado, 86,2% das crianças estavam nessa situação, número acima da média nacional, de 84,4%.
No Amazonas, 93% das crianças estavam nessa situação, no Amapá, 92,9%, e no Acre, 91,7%. Os menores percentuais são do Rio Grande do Norte, 76,1%, Roraima, 74,8%, e Espírito Santo, 74,4%. Mesmo assim, ainda representam a maioria dos casos.
Estado é o segundo com menos domicílios com crianças
A pesquisa também revelou o número de domicílios com crianças menores de quatro anos por Estado. Nesse índice, o Rio Grande do Sul possui o segundo menor número de domicílios com crianças nessa faixa etária no país: 11,5%.
O Rio de Janeiro ocupa o último lugar do ranking, com 11,4%. Já Santa Catarina tem o terceiro menor índice do país, 11,6%. No topo da lista estão Amazonas, com 22,9%, Acre, com 22,3% e Amapá, com 22,1%. A média nacional é de 13,7%.
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