O jogo foi muito bom no domingo (2°) do Maracanã, especialmente para o Flamengo. A vitória sobre o Inter pode até ser lamentada pelos rubro-negros pelo placar de diferença mínima. Mais uma vez, os comandados de Filipe Luís e Roger Machado proporcionaram um belíssimo espetáculo técnico, mas deixaram claro que os cariocas têm mais elenco e, ainda, mais futebol.
O passeio flamenguista do primeiro tempo parecia o famoso sete a um da Alemanha no Brasil na Copa de 2014. Pela primeira vez houve envolvimento claro dos ofensivos laterais colorados pela força de ataque dos adversários, fosse pela qualidade técnica, ou por uma mecânica de jogo aparentemente mais consolidada.
Valencia foi uma peça nula no Inter na primeira etapa, mas não foi por culpa dele que as coisas não funcionaram. A atuação do Flamengo foi superior por méritos próprios de um time que no Beira-Rio já havia atuado muito bem, mesmo desfalcado, só cedendo o empate no final.
O segundo tempo foi de um alívio para os colorados. O intervalo fez bem, as trocas deram fôlego, enquanto o adversário visivelmente sentiu o ritmo por ele mesmo imposto no baile da primeira etapa. Fica como mérito colorado a reorganização tática, misturada à concentração de quem tomando três de desvantagem não desistiu.
Os gols de Wesley e Valencia que passou a aparecer no jogo, deram ideia de recuperação mas não foram suficientes para que o Inter seguisse na luta pelo título. O tetra brasileiro era um sonho muito distante, agora adiado mais uma vez para o ano seguinte.
Além do alívio de não ter sido goleado, o Maracanã deixou alertas aqui no Beira-Rio. É preciso ainda mais para bater de igual para igual com os milionários do futebol brasileiro. Entenda-se aí investimentos para reforçar ou recursos para manter peças importantes. Não há pecado em perder para o Flamengo no Maracanã, desde que a derrota também deixe um legado.