A jornalista Juliana Bublitz colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço
Investigada pela CPI da Covid por suspeita de pressionar médicos a receitarem medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19, a Prevent Senior tem 33 beneficiários no Rio Grande do Sul. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a empresa atua no Estado desde 2008.
Nas últimas semanas, a operadora se tornou o epicentro de um escândalo. Há indícios de que os hospitais da rede tenham sido usados como laboratórios para supostos testes com o chamado "kit covid". Autuada pela ANS, a empresa nega as acusações, mas fará parte do relatório final da CPI, que, após impasse entre senadores, deve ser apresentado nesta quarta-feira (20).
Responsável por fiscalizar os planos de saúde no Brasil, a agência reguladora informa que a operadora tem 540,6 mil clientes no país, a maioria em São Paulo (510,2 mil). O Rio Grande do Sul é o décimo Estado em número de inscritos no plano.
Desde que começou a atuar em solo gaúcho, a Prevent ofereceu serviços a beneficiários em Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Taquara, Candiota, Viamão, Caxias do Sul, Ilópolis, Torres, Novo Hamburgo, Cachoeirinha, Canela, Campo Bom, São Lourenço do Sul, Gramado, Pelotas, Santa Vitória do Palmar, Sapucaia do Sul, Rio Grande, Passo Fundo e Harmonia.
As suspeitas — é bom ressaltar — recaem sobre a rede própria da empresa, localizada em São Paulo. Aqui, segundo a ANS, não houve registros de reclamações em 2021, e a Prevent funciona apenas com prestadores de serviços. São seis hospitais credenciados para o atendimento a pacientes do plano.