A jornalista Juliana Bublitz colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço
Por meses, a construção do Trecho 3 da orla do Guaíba, concluída no último sábado, em Porto Alegre, ficou resguardada por 1,6 quilômetro de cerca. Com o fim dos trabalhos, a prefeitura decidiu dar uma destinação diferente ao alambrado - que não irá para o lixo - e iniciar um novo projeto: a reutilização de materiais que sobram de obras públicas.
A ideia ganhou força em uma reunião no gabinete do vice-prefeito, Ricardo Gomes, na última terça-feira. Enquanto o plano mais amplo é formatado, um grupo definirá os dois campinhos de futebol de várzea que receberão a tela. Isso será feito com a ajuda de técnicos da áreas de Esporte e Lazer, Serviços Urbanos e Meio Ambiente e Urbanismo.
— A sugestão partiu do vereador Cassiá Carpes, e nós abraçamos na hora, porque atrás de uma bola sempre vem uma criança, e a prefeitura recebe muitos pedidos de cercamento. As pessoas não imaginam o custo envolvido. Cercar a pista de atletismo do Parque Marinha do Brasil, por exemplo, exigiu R$ 150 mil. O reaproveitamento é uma forma de economizar e de usar o recurso público de maneira mais racional e sustentável — diz o secretário de Obras e Infraestrutura, Pablo Mendes Ribeiro.
A definição dos contemplados levará em conta os campos mais utilizados (alguns abrigam escolinhas de futebol) e com potencial para receber campeonatos amadores.
Em paralelo, a intenção do grupo é buscar parceiros na iniciativa privada que topem replicar a iniciativa para outros gramados espalhados pela periferia da Capital.
