
Discordo de boa parte das ideias do ministro da Educação, Abraham Weintraub, mas julgá-lo pelos erros de português que comete é tão condenável como quando se fazia o mesmo com Lula. Falar certo ou errado não é indicativo de caráter ou de honestidade. A língua é viva e o conceito de erro muda de acordo com o ambiente e com a situação. Tanto que, em determinadas circunstâncias, a gramática acaba aceitando e acolhendo o que era erro, transformando-o em acerto.
Até mesmo escritores famosos e professores erram. Talvez, no caso do ministro, a maior falha tenha sido a de não passar seus textos por um revisor. Mas nada que justifique esse linchamento público. A língua portuguesa é difícil, cheia de regras e exceções. Ainda mais quando se trata das redes sociais, nas quais há mais flexibilidade e uma abundância de expressões e abreviaturas que não são regidas pela gramática formal.
Escrever "imprecionte", trocando os "ss" pelo "c" é errado. Mas alguém lembra da mensagem? Lá vai: "Caro @BolsonaroSP, agradeço seu apoio. Mais imprecionante: não havia a área de pesquisa em Segurança Pública. Agora, pesquisadores em mestrados, doutorados e pós-doutorados poderão receber bolsas para pesquisar temas, como o mencionado por ti, que gerem redução da criminalidade".
Responda aí: é ou não é uma inissiativa que meresse aplauzo?