A maconha será um dos mais lucrativos mercados regulamentados do mundo no futuro próximo. Não precisa ser guru de marketing para ter certeza. É só olhar o que acontece, entre nuvens de fumaça, nos Estados Unidos.
A liberação do chamado consumo recreativo em uma dezena de Estados é um exemplo de como um tecido econômico saudável se forma. Como a droga ainda é proibida pela lei federal, toda a produção é local. Não há espaço para monopólios e cartéis. Há hoje centenas de pequenos plantadores, pesquisadores e vendedores. Mas, se alguém cruzar a divisa do seu Estado com a planta, corre o risco de ser preso. Isso acaba estimulando o crescimento de uma base plural e democrática.
É lindo ver essa capilaridade, essa inteligência de mercado. Não sejamos ingênuos. As gigantes farmacêuticas e de alimentos estão de olho nesses bilhões de dólares. Só que é mais barato e rápido esperar que as startups da Cannabis nasçam e se engalfinhem na disputa pela sobrevivência. As que crescerem, mais cedo ou mais tarde, serão compradas pelas grandes. É mais barato do que investir diretamente no desenvolvimento de novos produtos. É só assinar o cheque. Com menos riscos e menos custos.
Enquanto isso, sem concentração ou regras viciadas que favoreçam os mais fortes, a economia colhe benefícios.
Além da planta, há acessórios, xampus, cremes, remédios, alimentos, sucos. Marley Natural é a primeira marca global desse mercado. Confira: www.marleynatural.com.
Maconha é uma droga que pode viciar. É proibida no Brasil e em nenhum momento meu texto pretendeu estimular o consumo ou a compra de qualquer produto vinculado a ela. Quero apenas mostrar como uma lógica democrática de mercado faz bem à sociedade. Seja na maconha ou na construção de obras públicas. Monopólios e cartéis, isso sim é uma droga.
O AMANHÃ
Aconteça o que acontecer neste domingo, o Inter terá pela frente a oportunidade de se reconectar com a sua essência. Um clube simpático, popular, aberto e solidário. O Colorado perdeu muito disso. Por fatores que vão da falta de renovação da liderança à síndrome de sucesso, que tantas vezes paralisa e cega quem está na frente. O vestiário está viciado, cheio de pseudoestrelas, algumas mais preocupadas em tentar falar difícil e em postar palhaçadas na internet do que em jogar futebol. A hora é da reconstrução. Ela começa pela faxina.Que venha 2017, do jeito que for.
MARÉ CHEIA
A pesquisadora gaúcha Miriam Marmontel tomou posse como presidente da Sociedade Latino-Americana de Especialistas em Mamíferos Aquáticos (Solamac). A posse aconteceu no Chile. O projeto "Conservação do peixe-boi na Amazônia Brasileira", liderado por Miriam no Instituto Mamirauá, ganhou o Prêmio Nacional de Biodiversidade em 2015 em duas categorias.