Jogar no colo do governador toda a culpa pela insegurança é pura leviandade e oportunismo eleitoral.
Tirar do colo do governador toda a responsabilidade pela insegurança é pura leviandade e oportunismo eleitoral.
José Ivo Sartori tem sido lento nas suas decisões sobre segurança. Foi decisão sua apostar no mínimo. O mínimo de PMs, o mínimo de investimentos, o mínimo de explicações.
Soldado do partido, Sartori não estava preparado para governar, porque entrou na campanha para cumprir tabela. Mas a decisão de se candidatar foi sua e o mínimo que a Estado esperava é que tivesse, além da já comprovada capacidade de diagnóstico, uma plano de soluções.
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Dito isso, não foi Sartori quem demoliu parte do Presídio Central sem ter novas vagas garantidas. Não foi Sartori quem fraquejou no combate ao tráfico nas nossas fronteiras. Até os postes da Redenção sabem que o tráfico, que abastece o consumo de drogas, é o motor dessa violência que explodiu nas ruas.
Não foi Sartori quem entupiu o Judiciário de processos e que fez as leis brandas em Brasília. Não foi Sartori quem transformou o Estado nesse Frankstein cheio de corporações egoístas e ineficientes que está aí. Mas Sartori ainda tem uma chance. A de encarar de frente o problema.
E de pensar menos no voto e mais no futuro.