Cinema mudo me remetia a manhãs de sábado de chuva pós-escola, quando algum canal de TV exibia filmes do genial Charles Chaplin. Passaram-se décadas até que, há uns poucos anos, em Buenos Aires, topei com uma sessão de O Garoto, do mesmo Chaplin, exibida no clube de jazz Notorious. A proposta era a exibição do filme mudo com acompanhamento ao vivo pelo pianista, compositor e cantor Juan Nevani. Teria encarado qualquer outro programa musical para conhecer o já tradicional bar portenho e, sem maiores expectativas, acabei arrebatada pela performance extraordinária.
crônica
Música para cinema mudo
Para quem, como eu, temia pelo destino da Fundação Iberê Camargo, foi um alento presenciar um espetáculo como o do último domingo
Rosane Tremea
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