
Depois de acertar uma federação com o União Brasil, o Progressistas (PP) está em negociação com o Republicanos para a formação de uma aliança eleitoral em 2026 no Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira (28), o presidente do PP gaúcho, Covatti Filho, visitou o presidente do Republicanos, Carlos Gomes, e conversou com ele e com o deputado federal Ronaldo Nogueira sobre a possibilidade de os três unirem forças para montar uma chapa competitiva.
Os três juntos têm dinheiro, tempo de TV e capilaridade para alavancar uma candidatura. Falta, porém, um nome forte para concorrer ao Piratini e às duas vagas ao Senado. Uma das vagas deverá ser ocupada pelo senador Luiz Carlos Heinze, cujo mandato termina em 2026. A expectativa é atrair a deputada federal Any Ortiz, hoje no Cidadania, que tem nos seus planos concorrer ao Piratini, mas diz que sabe respeitar a fila existente nos partidos.
Covatti Filho admite que, mesmo com a formação dessa aliança, lá na frente os três partidos podem avaliar que é mais interessante “aderir a outro projeto”. Hoje, a deputada Silvana Covatti, mãe do presidente do PP, é sondada para ser vice de Luciano Zucco (PL) e de Gabriel Souza (MDB), mas também poderá ser candidata ao Senado.
O projeto da família é construir a sucessão, apoiando candidatos de diferentes regiões. A sucessora natural de Silvana será a nora, Nicole Weber, vereadora em Santa Cruz do Sul e que se casará com Covattinho no final de maio.
O “blocão”, como está sendo chamada a futura aliança PP-União-Republicanos tem como um dos seus atrativos a combinação de perfis distintos. O PP é forte no Interior, mas tem pouco peso na Região Metropolitana, especialmente em Porto Alegre. O União Brasil nasceu de uma união do DEM com o PSL e tem mais força na Região Metropolitana. Já o Republicanos dialoga com as igrejas evangélicas e atinge um público cada vez mais importante na eleição.
Any ainda não decidiu para qual partido irá, mas sua entrada no PP é dada como certa por líderes do partido, que observam as postagens dela nas redes sociais para concluir que a filiação é questão de tempo. À coluna, a deputada disse que gostaria de construir com os outros deputados do Cidadania uma saída conjunta, já que sem federação o partido está condenado a não ultrapassar a cláusula de barreira em 2026.
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, é um dos principais entusiastas da filiação de Any e de sua possível candidatura ao Piratini.