
Na terceira reunião almoço de um périplo pelas federações empresariais, o governador Eduardo Leite mostrou mais afinidade com o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, do que imaginaria quem acompanhou os embates entre os dois à época em que o governo tentou aumentar o ICMS. Depois de ouvir o discurso de Rodrigo na abertura do Tá na Mesa, Leite disse:
— Quase ia dispensar minha fala porque a sua estava tão boa que eu não teria muito a acrescentar. Sinal de que o futuro nos une.
Na contramão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Rodrigo defendeu a atração de imigrantes para suprir a falta de mão de obra no Rio Grande do Sul e inverter a pirâmide etária. O presidente da Federasul disse também que o foco na “agenda de costumes” tira energia da discussão que interessa ao cidadão.
Leite concordou com esses e outros pontos, mostrou as reformas feitas no seu governo e apelou aos empresários para que não permitam um retrocesso no Estado. Com números que mostram a evolução dos saques no caixa único e os investimentos feitos ao longo dos últimos anos, Leite disse que o equilíbrio das contas precisa ser perseguido sem trégua, porque ninguém há de querer voltar ao tempo em que o Estado atrasava o pagamento de salários e fornecedores.
— A continuidade é importante para que não tenhamos um eterno recomeço — sintetizou.
O governador lembrou que o fato de as contas hoje estarem em dia e de o governo conseguir fazer investimentos não significa que os próximos anos não sejam desafiadores. Disse que é preciso manter a vigilância e prosseguir na política de privatizações e concessões, para atrair investimentos e manter as contas no azul. Destacou que a dívida foi renegociada no regime de recuperação fiscal e teve o pagamento suspensos por três anos no período da enchente, mas terá de voltar a ser paga.