Um pequeno prédio às margens da BR-470, em Barão, no Vale do Caí, é lembrança do tempo da ferrovia entre Montenegro e Caxias do Sul. Em frente à velha estação, os viajantes passam pela rodovia construída no traçado dos trilhos que levaram prosperidade à Serra. No entorno daquela casinha, floresceu o povoado que virou um município.
Em 1º de dezembro de 1909, foram entregues a estação de Barão e o trecho da ferrovia entre Barão e Maratá. O trem estava mais perto de Caxias do Sul, onde chegou meio ano depois.
Na parte frontal, o prédio tem uma janela e três portas. Em uma pequena área coberta, no lado externo, os passageiros aguardavam os trens na plataforma. O ramal ferroviário conectava a Serra à linha de Porto Alegre a Uruguaiana.
— A ferrovia foi o principal instrumento de crescimento desta região — resume o prefeito de Barão, Jefferson Schuster Born, conhecido como Biriba.
Emancipado em 1988, Barão tem pouco mais de 6 mil moradores. O prédio da velha estação está ocupado hoje pelas secretarias de Obras e Agricultura. Os viajantes nem sabem que ali paravam os trens. A prefeitura tem planos para revitalização e transformação em um espaço turístico.

Quem é o Barão que deu nome à localidade? A origem tem duas versões. Em uma, a mais difundida, seria referência ao Barão de Holleben. Luiz Henrique Von Holleben, engenheiro ferroviário, teria morado na década de 1880 na região, entre Salvador do Sul e Carlos Barbosa. Outra versão indica que o nome estaria relacionado a Francisco Pedro de Abreu, o Barão do Jacuí.

No trecho urbano do município, o nome da BR-470 é Rua da Estação. Em 1979, o trem deixou de passar pela ferrovia em Barão.
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