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Com razão, o leitor José Eduardo Maciel aponta uma omissão da coluna na lista de fatores que explicam aprovação de 62% dos eleitores ao trabalho do governador Eduardo Leite: os bons números de segurança pública. Maciel destaca que os indicadores de criminalidade vêm caindo desde o primeiro mandato e que é preciso reforçar um marco que é o fim do Presídio Central, substituído por uma nova cadeia pública, a ser inaugurada nos próximos dias.
Em janeiro, quando divulgou os dados de 2024, Leite comemorou os resultados dizendo que esse foi o ano mais seguro da história recente do Estado:
— Pelo segundo ano consecutivo, temos o ano mais seguro da série histórica, com 2024 quebrando o recorde de 2023. Tivemos redução em todos os indicadores: homicídios, latrocínios, feminicídios e também nos crimes contra o patrimônio. Sabemos que ainda existem problemas, mas é incontestável que estamos no melhor caminho. E é inegável, o Rio Grande do Sul é um Estado mais seguro e a gente vai seguir nessa toada para garantir um Rio Grande próspero e em paz nas ruas.
Em 2024, os latrocínios (roubos seguidos de morte) caíram 33% em comparação com 2023, passando de 42 para 28 casos. O roubo a pedestres teve redução de 42% ao longo do ano, o que representa diminuição de 10 mil ocorrências em relação ao ano anterior. Já o roubo de veículos apresentou retração de 36%, com diferença de 1,3 mil casos entre 2023 e 2024.
Com atuação integrada entre Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Penal, e com protocolos rígidos de combate a mortes violentas, o ano encerrou com queda de 17% nos homicídios em todo o Estado. Em 2023, foram registradas 1.669 vítimas desse tipo de crime no Rio Grande do Sul, enquanto em 2024 o número de vítimas foi de 1.380.
O trabalho das polícias nestas reduções tem um impacto importante na taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Estado. Em 2024 o Estado registrou um índice de 12,29 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2023 o ano havia terminado com uma taxa de 15,34 homicídios a cada 100 mil habitantes. A redução já é importante na comparação com o ano anterior, mas é ainda mais expressiva quando comparada ao pico da série histórica, em 2017, quando o RS registrou uma taxa de 26,41 mortes a cada 100 mil habitantes.
Os feminicídios tiveram queda de 15%, passando de 85 mortes de mulheres por questão de gênero em 2023, para 72 em 2024. O crime é um dos mais desafiadores para a segurança pública, por ocorrer predominantemente dentro dos lares.