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O jornalista Henrique Ternus colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Preocupado desde o primeiro dia do ano com as contas do município, o prefeito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck (PP), embarca para Brasília em busca de recursos para projetos da cidade. Será a primeira viagem de Finck como chefe do Executivo à capital federal, onde ficará entre os dias 10 e 13 de fevereiro.
A prioridade do prefeito é angariar recursos para aprimorar a infraestrutura urbana, e para isso tentará convencer deputados, senadores e representantes do governo federal a destinarem verbas à cidade do Vale do Sinos.
— Precisamos muito de apoio. Irei até Brasília sensibilizar os nossos representantes no Congresso Nacional, mas, também os ministros, a respeito da necessidade de recursos para viabilizarmos melhorias que a cidade precisa — projeta Finck.
Assim como já havia feito na missão gaúcha à Ásia, no final de novembro, o prefeito bancará a viagem até Brasília com recursos do próprio bolso. Esta deve se tornar uma prática recorrente durante o mandato de Finck, que usa a frase "cortar na própria carne" quase como um mantra para reforçar a necessidade de austeridade em Novo Hamburgo.
Entre seus primeiros atos de governo, Finck rescindiu dois contratos de locação de seis veículos, usados pelo gabinete do prefeito e pela Secretaria de Educação, que devem garantir uma economia de R$ 2,3 milhões nos próximos quatro anos. O chefe do Executivo passou a deslocar-se com carro particular. Também aprovou uma reforma administrativa que reduziu 15% dos cargos comissionados (CCs), estimando uma economia de cerca de R$ 20 milhões até 2028.
Outro projeto para aliviar as contas públicas, aprovado no final de janeiro, autoriza o reparcelamento de dívida da prefeitura com o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Novo Hamburgo (Ipasem). São R$ 31,1 milhões a serem pagos em cinco anos, com reajuste das parcelas pela inflação e juros de 0,5% ao mês.
A proposta causou polêmica no funcionalismo já que, em 2021, quando a antiga gestão propôs medida semelhante, Finck foi contrário, argumentando que os servidores não poderiam ser prejudicados.
Segundo o Executivo, a aprovação da medida seria um requisito para garantir a renovação da Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP) — uma espécie de Serasa das prefeituras —, que em Novo Hamburgo está vencida desde novembro.