O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Passados cinco dias desde a confirmação da morte do jornalista britânico Dom Phillips, e quatro dias após a Polícia Federal informar que restos mortais encontrados no Amazonas eram do indigenista Bruno Pereira, o vice-presidente Hamilton Mourão lançou nota nesta quarta-feira (22) condenando os crimes. O general e pré-candidato ao Senado afirmou que os autores dos assassinatos devem ser julgados, condenados e permanecer presos.
“É um crime bárbaro, condenável sob todos os aspectos e, como tal, deve ser tratado”, assinalou Mourão, que é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
No texto, o vice-presidente da República diz que as mortes são parte do contexto de criminalização das atividades de subsistência da população pobre da Amazônia, que, segundo Mourão, pratica o garimpo, a extração de madeira e o extrativismo como forma de sobreviver. O pré-candidato a senador pelo Rio Grande do Sul defendeu a legalização do garimpo para permitir "a exploração sustentável" das atividades econômicas na região amazônica.
“Existem cerca de 600 mil garimpeiros na Amazônia, dentre os quais muitos pertencentes às comunidades indígenas, além de um enorme contingente de nativos que vivem de outras atividades extrativistas”, comentou.