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O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Os principais atores políticos e institucionais do Rio Grande do Sul decidiram unir forças e trabalhar em conjunto para enfrentar duas das maiores sequelas provocadas pela pandemia: a evasão escolar e a queda no nível de aprendizado dos estudantes. Nesta quinta-feira (17), um acordo de cooperação para atuar na busca ativa e na recuperação da aprendizagem foi assinado pelo governador Eduardo Leite, pelo presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira, e pelos chefes do Judiciário, desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, do Ministério Público, Marcelo Lemos Dornelles, e do Tribunal de Contas do Estado, Alexandre Postal.
Subscrito também pela Famurs e por conselhos, associações e entidades que atuam na área da educação, o documento prevê uma atuação conjunta desses órgãos para sensibilizar as redes municipais e estadual, compartilhar dados, fortalecer a atuação conjunta e preparar planos de enfrentamento à evasão.
A iniciativa partiu do MP, que desde o ano passado tem mobilizado os promotores regionais responsáveis por fiscalizar temas atinentes à educação. Entre outubro e novembro, membros da instituição se reuniram com representantes de 420 dos 497 municípios do Estado para debater o assunto.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, promotora Luciana Cano Casarotto, relatou que, a partir da formalização do acordo, um comitê gestor vai se reunir periodicamente para discutir e planejar as ações efetivas na busca ativa de estudantes.
— Essa tempestade está longe de terminar, mas os nossos barcos conseguem, hoje, dizer para a sociedade gaúcha que as velas estão alinhadas para o retorno (à escola), um retorno que já foi comparado até ao momento de pós-guerra. Não podemos voltar a 2019 como se nada estivesse acontecendo — disse a promotora.
Um material com orientações sobre o planejamento e o fluxo da busca ativa será distribuído aos municípios nos próximos dias.
Em seu discurso, o governador disse que a evasão e as reprovações são um problema do Rio Grande do Sul desde antes da pandemia e lembrou que o governo estadual já criou um programa que prevê o pagamento de R$ 150 por mês a estudantes do Ensino Médio, destinado a quase 80 mil alunos em situação de vulnerabilidade.
— Não existe uma razão sozinha que provoque a evasão. É fundamental que esse grupo multisetorial trabalhe sobre os dados, entendendo localmente as razões e motivações, para traçarmos a estratégia mais eficiente na tarefa de manter as crianças e os jovens na escola — declarou Leite.
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