O caso do vereador de Gravataí que repassa parte do salário para a manutenção de escolas públicas, noticiado pela coluna em dezembro, não é isolado no Rio Grande do Sul. Outros parlamentares municipais também abrem mão de parte de sua remuneração para investimento em áreas como infraestrutura, assistência social e reforço na saúde.
Em Porto Alegre, o vereador Jessé Sangalli (Cidadania) reserva 50% de sua remuneração líquida como vereador, que equivale a R$ 5,4 mil mensais, em uma espécie de "caixinha" virtual. A principal destinação é o projeto Concreta Beco, em que o vereador mobiliza moradores de vielas e ruas de difícil acesso a concretar as áreas de uso comum. O político paga pelo concreto e a comunidade entra com a mão de obra.
A iniciativa começou na legislatura anterior, quando Jessé era vereador em Viamão, na Região Metropolitana.
No mandato atual, ele também já destinou recursos para a compra de equipamentos para a saúde e assistência social. Todos os repasses e doações são registrados pelo vereador e pela equipe em uma planilha, junto de comprovantes e notas fiscais.
— Procuro gastar em coisas que beneficiam muitas pessoas, e não alguém específico. Todos os gastos que faço são coletivos — relatou Jessé.
Em Caxias do Sul, o vereador Maurício Marcon (Podemos), mais votado na eleição de 2020, doa em torno de 70% do seu salário para entidades do município. Mensalmente o valor doado é de aproximadamente R$ 6,8 mil.
Mais ousado, o vereador de Igrejinha Marivaldo Pereira Leal (MDB) assumiu o bordão de "vereador voluntário": ele doa todo o salário de R$ 3,1 mil para entidades e projetos sociais do município. Leal é um dos empresários mais conhecidos do município.
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