O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
O deputado estadual Pedro Pereira (PSDB), que faltou a todas as votações do pacote do funcionalismo, na última semana de janeiro, terá cerca de 30% de seu salário do mês descontado pela Assembleia. No período da convocação extraordinária, Pereira estava em férias, viajando em um cruzeiro com a família.
De acordo com a assessoria do Legislativo, o desconto tem amparo no código de ética parlamentar. O artigo 26 do documento diz que “será descontado do deputado 1/30 (um trinta avos) de sua remuneração mensal por sessão que não comparecer ou da qual se retirar durante a Ordem do Dia”.
Nos quatro dias de votação, houve nove sessões extraordinárias. Com isso, Pereira sofrerá desconto de cerca de R$ 7,6 mil dos R$ 25,3 mil que recebe mensalmente como deputado.
Procurado, o tucano explicou, por meio de sua assessoria, que já estava ciente de que teria o salário descontado caso houvesse convocações de sessões extraordinárias no período de recesso parlamentar.
Pedro Pereira informou ainda que havia alertado o governo de que não poderia comparecer na última semana de janeiro, antes mesmo dos projetos serem protocolados na Assembleia.
Os deputados Carlos Búrigo (MDB) e Elizandro Sabino (PTB) também sofrerão descontos por não terem participado de todas as sessões. Entretanto, como os parlamentares comparecerem em praticamente todas as votações, a dedução será menor.