Passou longe da aceitação a reação dos sindicatos que representam os servidores públicos nos dois dias de reuniões com Eduardo Leite e sua equipe, para a apresentação das mudanças que o governador pretende fazer nas carreiras do funcionalismo.
A resposta mais dura foi a do Cpers, na quarta-feira (9), com promessa de greve logo após a apresentação do pacote na Assembleia, mas os servidores da segurança, que se encontraram nesta quinta (10) com o governador, não ficaram atrás.
Os pontos mais rejeitados são a mudança no cálculo do adicional por risco de vida dos servidores militares, que passaria a ser aplicado sobre o salário básico, e não mais sobre o total da remuneração, e com a cobrança de contribuição previdenciária de inativos a partir de um salário mínimo.
Os líderes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros saíram da audiência com Leite criticando a subjetividade da apresentação, que não detalhou juridicamente o texto que será encaminhado ao Legislativo, mas já avisaram que não aceitarão redução de salários.
Depois dos sindicatos, será a vez de Leite detalhar aos chefes dos demais poderes e órgãos autônomos o que pretende mudar na estrutura do funcionalismo.
Na segunda-feira, o governador recebe no Palácio Piratini, às 8h30min, os representantes de Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.