Bici
Minha primeira dor
de amor
vem desprovida de qualquer malícia.
E – aí, meu Deus! – como dói.
Tem até ocorrência na polícia:
"Me roubaram a Calói!"
O poema aí em cima é do escritor e jornalista Mauro Ulrich, que vai ser homenageado nesta quarta-feira (13/4) pelo grupo de escritores Gente de Palavra, a partir das 19h30min, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Andradas, 1.223). No sarau, o autor vai ler poemas de seu livro mais recente, Sleeping Bag (foto) e alguns de suas duas publicações anteriores, Cellophane Florwers e Trinta e seis: fotos com poesia, onde fez uma parceria com o fotógrafo Lula Helfer e os poetas Romar Beling e Daniela Damaris.
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Cinemateca
Não Wim Wenders.
Vim ver você.
Nirvana
É preciso, agora, urgentemente, por pura necessidade, desabafar com alguém.
Nem que seja com Kurt Cobain.
Doméstica
Ouço.
Não vejo,mas ouço
o seu ruflar de asa
quando com o espanador
me tira o pó da casa.
Karen
Como uma música dos Carpenters,
a voz da Mallu Magalhães,
uma maçã, de manhã.
Linda como um livro,
um helicóptero sobrevoando a praia,
um carro novo,
uma boca pintada,
uma gota d’água.
Linda como a bateria
de uma escola de samba,
um tênis Bamba,
uma orquestra de cordas,
a capa de um disco, um cisco,um risco,
um circo, uma rã.
Linda como a minha irmã.
Saco cheio
Sou um mágico,
que legal,
saltam-me coelhos
das cartolas.
Seria um número simples
e banal
não fôsse por eles,
os coelhos,
me tirarem outros coelhos
dos pentelhos
e das bolas.