
Abominável, monstruoso, inaceitável. Faltam adjetivos para caracterizar o que o grupo terrorista Hamas protagonizou nas últimas 24 horas, em meio ao frágil cessar-fogo que vigora no Oriente Médio. Precisou a organização extremista exibir os caixões pretos em um palco, após um desfile mórbido por Khan Yunis, para o mundo lembrar que, sim, eles matam crianças.
Kfir Baba tinha oito meses e meio quando os terroristas do Hamas invadiram Israel e devastaram o kibutz de Nir Oz em 7 de outubro de 2023. Ariel, seu irmão, tinha quatro anos. As crianças e seus pais, Shiri Bibas e Yarden, também foram feitos reféns. Todos foram carregados para dentro de Gaza vivos.
O Direito internacional proíbe tratamento cruel, desumano ou degradante, garantindo respeito pela dignidade na entrega de corpos, mesmo em situações de conflitos armados - sejam vítimas civis ou militares. Mas como falar de Direto se estamos nos referindo a terroristas?
Ainda na quinta-feira, quando as cenas dos caixões voltando para Israel escandalizava qualquer pessoa com o mínimo de empatia, uma surpresa macabra ainda estava por vir. No final da noite no Oriente Médio, os médicos forenses de Israel descobriram que os restos mortais entregues como sendo de Shiri, a mãe, não correspondiam a da refém.
O grupo terrorista diz que os restos mortais de Shiri teriam se misturado com o de outras pessoas no momento de sua morte - que, afirma, sem provas, ter sido provocada em bombardeio israelense. Quanto horror!
Onde está o corpo? O que foi feito? Até quando? São perguntas que qualquer ser humano, independentemente da religião, raça ou ideologia, deveria se fazer.