![Jonathan Heckler / Agencia RBS Jonathan Heckler / Agencia RBS](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/0/3/8/2/8/0/5_23b15ac34f3bb9d/5082830_07a0e2b52dcf945.jpg?w=700)
No país onde se grupos políticos tentam desidratar a Lei da Ficha Limpa, a percepção de corrupção vai de mal a pior.
O Brasil caiu no ranking da Transparência internacional em 2024: da 104ª para a 107ª posição. Estamos empatados com Argélia, Nepal, Tailândia, Maláui, Peru e Níger.
No ano anterior, o país já havia sofrido uma queda de 10 posições. No topo do ranking, os de sempre: Dinamarca (1º), Finlândia (2º) e Singapura (3º).
A organização elenca como destaques negativos a renegociação de acordos de leniência para beneficiar empresas envolvidas em corrupção, a falta de transparência do novo PAC, o descontrole das emendas orçamentárias, a aprovação da "PEC da Anistia" e o silêncio do governo Lula sobre a pauta anticorrupção, como manter no cargo, ministro das Comunicações Juscelino Filho, indiciado pela PF por corrupção passiva.
No entanto, o que mais chama atenção é o alerta sobre a infiltração do crime organizado nas instituições. Em dezembro, por exemplo, a Operação Confraria, deflagrada em conjunto pelo Ministério Público Estadual e Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, mirou contratos suspeitos firmados pela prefeitura de Parobé, no Vale do Paranhana e empresas ligadas ao maior grupo criminoso do Rio Grande do Sul, com base no Vale do Sinos.
Enquanto muita gente fica preocupada com a polarização Lula x Bolsonaro ou direita x esquerda, as facções põem em risco a funcionalidade do Estado brasileiro.