O Oriente Médio vive horas decisivas. O acordo de cessar-fogo que possibilitou até agora a volta para casa de 16 reféns sequestrados pelo Hamas está por um fio. Tudo pode desandar a qualquer momento.
O grupo terrorista disse que irá adiar a soltura devido a violações por parte de Israel — supostos atrasos em permitir que os palestinos deslocados retornem ao norte da Faixa de Gaza, tiros em várias áreas do território e dificuldades no acesso à ajuda humanitária. A próxima libertação seria no sábado (15). Israel, por sua vez, colocou tropas de prontidão.
Infelizmente, neste momento, qualquer rusga no terreno pode servir de gatilho. O pano de fundo da mudança de comportamento dos terroristas é o estapafúrdio plano do presidente americano, endossado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de deslocar palestinos de Gaza para Jordânia e Egito.
Nesta terça-feira (11), ao lado do rei jordaniano, Abdullah II, Donald Trump deu um ultimato ao Hamas: tudo pode ocorrer, caso eles não libertem "todos os reféns" até o meio-dia de sábado. Não está claro se é mais um blefe ou se está falando sério — nem o que quer dizer com "todos" — se os que estavam planejado para essa leva ou se o conjunto dos reféns ainda mantidos em cativeiro. O certo é que colocou gasolina na fogueira.