Os principais veículos de comunicação mundiais destacam em suas capas a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Justiça Eleitoral nesta sexta-feira (30). "Jair Bolsonaro banido de cargos públicos por oito anos", diz a rede CNN.
Um dos jornais mais prestigiados do globo, The New York Times exibe o título de capa: "Brasil vota para barrar Bolsonaro de cargos por alegações de fraude eleitoral". No texto, a reportagem afirma que o ex-presidente está inelegível por ter espalhado falsas alegações sobre o processo de votação.
Financial Times, jornal americano focado em economia, afirma: Corte brasileira vota para barrar Bolsonaro de cargos políticos até 2030".
Do outro lado do Atlântico, na Europa, The Guardian, de Londres, diz em título de capa: "Juízes banem Bolsonaro de concorrer a cargos por oito anos por 'mentiras terríveis'". O diário destaca que o político só poderá voltar a concorrer em uma eleição em 2030, quando terá 75 anos.
Na França, Le Figaro, declara:"Ex-presidente Jair Bolsonaro é condenado a oito anos de inelegibilidade". O jornal também salienta que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abre batalha pela sucessão.
Outro jornal francês Libération traz na análise assinada por Chantal Rayes, correspondante do veículo em São Paulo: "No Brasil, ex-presidente Bolsonaro inelegível, mas não 'impedido'". O autor afirma que Bolsonaro é acusado por desestabilizar a democracia brasileira. "Privado da eleição até 2030, ele continua muito influente e popular em seu campo", diz.
O El País, de Madri, destaca: "Os juízes abreviam a carreira política de Bolsonaro com inelegibilidade de oito anos". O texto destaca que o resultado no TSE, cinco votos pela condenação e dois contrários, e a acusação de abuso de poder "com o fim de deslegitimar as eleições".
A rede Al-Jazeera, que tem sede no Catar e grande penetração no mundo árabe, afirma na capa: "Corte do Brasil vota para barrar Bolsonaro de cargos políticos até 2030".
Até na distante e gelada Islândia a cassação de Bolsonaro é notícia. O Visir, da capital Reikeivk, destacou: "Bolsonaro proibido de concorrer". "Ele foi acusado de minar a democracia no Brasil ao alegar que as urnas eletrônicas eram vulneráveis a hackers e fraudes eleitorais", diz o texto.
Na América Latina, o Clarín, de Buenos Aires, destaca que a Justiça Eleitoral do Brasil desabilitou Bolsonaro de participar de eleições até 2030. "Foi condenado por abuso de poder ao disseminar suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral brasileiro perante embaixadores de países estrangeiros", afirma.
O concorrente La Nación, também da capital argentina, deu enfoque semelhante: "A Justiça do Brasil desabilitou Jair Bolsonaro a apresentar-se em eleições por oito anos".