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Maravilha da engenharia chinesa, a maior ponte marítima do mundo será inaugurada nesta terça-feira pelo presidente Xi Jinping. Ligará Hong Kong e Macau à cidade de Zhuhai. Foram nove anos de construção da travessia de 55 quilômetros de extensão, que será aberta ao tráfego na quarta-feira.
A obra reduzirá o tempo de viagem entre as cidades de três horas para 30 minutos.
O projeto foi alvo de duras críticas em Hong Kong, onde as autoridades não acreditam que haja grande interesse da comunidade por maiores ligações com Macau e Zhuhai. Os críticos temem que a região seja inundada por turistas da China continental.
Do ponto de vista político, a ponte é vista como estratégia chinesa para ampliar o poder sobre Macau – região administrativa especial, que durante 400 anos foi administrada por Portugal e tem uma legislação semi-democrática, em comparação à ditadura chinesa de partido único. O custo total da obra: US$ 20 bilhões.
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A travessia foi construída para suportar terremotos de magnitude 8 e supertufões. São 400 mil toneladas de aço. No caminho, há um túnel submerso de 6,7 quilômetros.
Além dos impactos ambientais, a obra é criticada por deslizes na segurança. Sete tabalhadores morreram durante a construção e mais de 270 ficaram feridos.
Para efeitos de comparação, a ponte chinesa é quatro vezes maior do que a Rio-Niterói, que tem 13 quilômetros de extensão. Apesar dos números grandiosos, a nova travessia é bem menor do que a ponte mais extensa do mundo, a Danyang-Kunshan, também na China, com 164,8 quilômetros de extensão sobre o delta do Rio Yangtzé.
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