Sempre que surge uma nova tecnologia, o medo de perder empregos aparece junto. Isso aconteceu com a máquina a vapor, a eletricidade e os computadores.
No século 18, trabalhadores quebravam máquinas, temendo ficar sem trabalho. No século 20, diziam que a eletricidade acabaria com empregos industriais. Nos anos 1980, os computadores eram vistos como uma ameaça ao trabalho administrativo.
Mas o que realmente aconteceu? Sim, algumas funções desapareceram, mas muitas outras surgiram. A Revolução Industrial criou novas indústrias, a eletricidade abriu caminho para fábricas modernas e os computadores deram origem a profissões que antes nem existiam.
Agora, a história se repete com inteligência artificial.
Mas como diz o estudioso de gerações Dado Schneider:
Tudo sempre muda, mas agora o que mudou é a velocidade das mudanças.
Diferente das inovações anteriores, a IA está avançando muito mais rápido:
- Máquina a vapor: levou de 50 a cem anos para se consolidar.
- Eletricidade: cerca de 20 a 30 anos para se popularizar.
- Computadores: 30 a 40 anos para se tornarem populares.
- Inteligência artificial: mesmo tendo sido citada em meados dos anos 1950, a IA se tornou algo de uso popular há menos de três anos.
A pergunta não é se a IA vai substituir empregos, mas sim quais trabalhos vão se transformar e como se adaptar.
E o que dizem os números ?
- A automação com IA pode eliminar 85 milhões de empregos até 2025, mas criar 97 milhões de novas funções (World Economic Forum).
- 300 milhões de empregos podem ser impactados pela IA no mundo (Goldman Sachs).
- Trabalhadores que usam IA podem ser até 40% mais produtivos (MIT).
Assim como no passado, quem se adapta sai na frente. Algumas formas de se preparar:
- Aprenda sobre IA – não precisa ser programador, mas entender a tecnologia ajuda.
- Desenvolva habilidades humanas – criatividade e pensamento estratégico são difíceis de substituir.
- Use a IA a seu favor – existem diversas ferramentas que podem aumentar sua produtividade.
A IA não vai roubar seu emprego — mas alguém que saiba usá-la pode. Como em qualquer revolução tecnológica, a chave não é resistir, e sim evoluir junto com as mudanças e aproveitar as novas oportunidades que estão surgindo.
