O futebol parou, e os problemas financeiros começaram a se avolumar na dupla Gre-Nal. Marcelo Medeiros, pelo Inter, ressaltou três cenários, com 30, 60 ou 90 dias de paralisação. Já se foram 75 dias e nada de o futebol voltar. Foram feitas demissões, cortes importantes de gastos na administração do clube e no patrimônio, imagem dos jogadores foram jogadas para o ano que vem, e mesmo assim a preocupação é grande. Medeiros chega a projetar prejuízos na ordem de R$ 100 milhões.
No Grêmio, depois de um primeiro trimestre com resultado financeiro de R$ 12 milhões positivos, veio o problema. A direção do clube não demitiu funcionários, mas projetou o pagamento do contrato de imagem para mais adiante e agora já pensa na renegociação de salários dos jogadores. Se conseguir vender um jogador, a situação será muito amenizada. Mas até agora não existe proposta na mesa do presidente Romildo Bolzan.
Este contexto faz com que haja pressa no retorno do futebol, mesmo com portões fechados. Isto significa mostrar os patrocinadores, receber verbas da TV, devolver emoções aos seus associados para que estes não se desliguem do clube. Enfim, retomar relações financeiras importantes, que, se não zeram o prejuízo, pelo menos minimizam esta agonia financeira que os grandes clubes estão enfrentando.
Marcelo Medeiros acaba de dirigir uma carta aos conselheiros do clube, dando uma ideia de como se encontra a situação do clube. E como disse Romildo Bolzan, o importante neste ano não é ganhar títulos e, sim, atravessar esta dura crise e chegar forte financeiramente ao ano que vem.