A prefeitura já identificou empresas interessadas em bancar, por meio de isenções fiscais, a restauração do Viaduto Otávio Rocha. Avaliado em R$ 16 milhões, o projeto prevê soluções para os problemas de elétrica, infiltração, escoamento da chuva e degradação da estrutura, além de uma moderna e vistosa iluminação. Todas as lojas, escadarias e banheiros também serão reformados.
A obra é indispensável para transformar o Otávio Rocha em um badalado polo gastronômico e cultural, como deseja o prefeito Marchezan. Embora alguns empreendimentos tenham surgido nos últimos tempos — em especial nos altos do viaduto —, não há dúvida de que a mais arrojada obra arquitetônica da história de Porto Alegre ainda é pouco explorada. Os food trucks e a feirinha que vêm ocupando a parte de baixo são um bom começo, mas nada que empolgue muito.
Ainda neste mês, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Secretaria da Cultura devem apresentar o projeto às primeiras empresas interessadas. A ideia é que elas financiem a reforma via Lei Rouanet. Elaborado em 2015, ainda no governo Fortunati, o projeto tem como carro-chefe a iluminação em led, que, além de trocar de cor, terá pontos de luz no piso da Borges de Medeiros.
Não dá para esquecer que o Otávio Rocha já passou por uma reforma no início dos anos 2000. E foi um desperdício de dinheiro: com a tradicional dificuldade para fazer a manutenção de espaços públicos, a prefeitura viu a estrutura se degradando ano após ano.
O governo estuda, agora, fazer uma parceria público-privada para garantir o viaduto em boas condições depois da reforma.