A destruição provocada pela enchente de 2024, tragédia prestes a completar um ano, colocou o Rio Grande do Sul em uma encruzilhada. Um caminho poderia ser o do conformismo. Se essa fosse a direção escolhida, o Estado estaria condenado a apenas lamentar as perdas causadas pelas inundações e a acelerar os passos rumo à estagnação econômica e à perda de protagonismo no país. O outro era o da irresignação. Felizmente os gaúchos decidiram ser fiéis ao espírito indômito que forjou o temperamento coletivo da sociedade rio-grandense ao longo de sua história. A opção foi por arregaçar as mangas e trabalhar pela reconstrução.
O Grupo RBS reforça os seus compromissos ao lançar nova etapa da campanha Pra Cima, Rio Grande
No dia 10 de junho do ano passado, com o Estado ainda sob o abalo da catástrofe climática, o Grupo RBS lançou a campanha Pra Cima, Rio Grande. A iniciativa institucional e editorial surgiu com o intuito de estimular, em várias frentes, a mobilização pelo reerguimento do Estado. Uma das bandeiras empunhadas foi a da união entre sociedade civil, poder público e iniciativa privada. Outra, a valorização dos bons exemplos. E ainda, como missão precípua do jornalismo profissional, a fiscalização e a cobrança de promessas sobre o andamento de obras, projetos e programas, além da apresentação de soluções para o Rio Grande do Sul se transformar em um modelo de resiliência capaz de se adaptar aos extremos do clima.
Chega o momento de deflagrar a segunda fase dessa mobilização. O Grupo RBS reforça o compromisso com o Estado ao lançar nesta quinta-feira a nova etapa da campanha Pra Cima, Rio Grande. A reconstrução, é verdade, ainda resta incompleta. Há muito por recuperar, como bem ilustram as reportagens agora veiculadas que abordam a infraestrutura rodoviária. Mas, como a opção dos gaúchos foi a de reagir à tragédia, surge a oportunidade de, com ânimo redobrado, ir muito além da reconstrução. No embalo dos esforços para restaurar o que foi levado pela fúria das águas está a chance de os gaúchos se remobilizarem para superar os gargalos históricos – materiais, políticos e institucionais – que fazem o Estado se desenvolver em um ritmo inferior ao da média nacional nas últimas décadas.
Regenerar o que foi destruído é essencial, mas não o suficiente. Se conformar com apenas reparar danos seria um erro histórico. Deve-se reconstruir melhor, não apenas estruturas físicas, mas as relações danificadas por divisões políticas que colocam conveniências eleitorais imediatas à frente dos verdadeiros interesses do Estado. Precipita-se a hora das convergências. Cada gaúcho, entidade e empresa pode ser agente deste salto.
O Grupo RBS, outra vez, prontifica-se a ser uma das pontes para esse caminho ter continuidade e chegar a um bom destino. Na segunda fase da campanha, as cobranças de promessas, próprias da atividade jornalística, seguirão. Mas também é papel da imprensa dar visibilidade para iniciativas meritórias e abrir espaço para debate de propostas com potencial de descortinar um futuro mais promissor. O propósito é colaborar para o Estado reencontrar a trilha do desenvolvimento econômico, social e da qualidade de vida. A direção certa do Rio Grande é pra cima.