Os Papais Noéis da minha infância metiam medo nas crianças. Eram outros tempos, convém explicar, a educação familiar era regida por padrões bem mais rigorosos do que os atuais. E ninguém questionava. O Bom Velhinho, que costumava ser interpretado por algum vizinho meio bebum com barriga e barbas visivelmente postiças, levava um saco nas costas e uma varinha de marmelo nas mãos. E não era incomum que a utilizasse quando algum moleque mais folgado tentasse se aproximar sem permissão.
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