
Para o Grêmio, embora sua condição ainda seja de desafiante mesmo dentro de casa no Gre-Nal deste sábado (19), tudo está mais leve desde a saída do treinador que, combinemos, fez um trabalho muito ruim nos quatro meses em que esteve em Porto Alegre.
Gustavo Quinteros não é um incompetente. Incompetentes não se sagram campeões argentinos desafiando Boca Juniors e River Plate por um Vélez empobrecido como o atual.
A premissa para avaliar o trabalho do argentino não é questionar sua capacidade e, sim, o quanto não conseguiu entender a mudança imensa que representa sair de um país para outro. Há as distâncias, a cultura, a falta de tempo para implantar um modelo tão distante daquele que o Grêmio praticava há quase 10 anos.
Quinteros se inviabilizou tanto que a direção fez a ruptura no momento em que menos queria fazer, às vésperas do Gre-Nal. Com a necessidade de o treinador estar registrado no BID da CBF num tempo exíguo, o novo chefe, que não foi contratado antes do feriado da Sexta-Feira Santa, não poderia estar à beira do campo no clássico.
Então, a direção gremista fez a aposta no aleatório e vai para o clássico com James Freitas, auxiliar permanente do clube, no comando. O grande trunfo dele para pontuar no Gre-Nal é o tanto que conhece do trabalho e das ideias de Roger Machado, com quem trabalhou por longo tempo.
Os planos A, B e Z que o técnico colorado tenha em mente estão também no radar do interino do Grêmio. Não há, em princípio, risco de algo pensado por Roger ser tão novo que não possa ser previsto por James.
Fazer o simples é o caminho
O que vai valer para o treinador provisório valerá também para o definitivo: simplificar é o verbo a ser conjugado até o fim de 2025. Se o Grêmio é candidato na Sul-Americana e na Copa do Brasil, competições eliminatórias onde um time pode se descobrir no decorrer do torneio, sua única certeza no Brasileirão é que já não pode ser candidato ao título nos pontos corridos.
Não há por onde prever um crescimento tão espetacular que levasse o Grêmio à nova condição de figurar lá no alto da tabela. No momento e por tempo indeterminado, a missão do Grêmio começa pela menos nobre de todas: evitar a quarta queda.
Depois, no melhor dos mundos, avança na direção da classificação para a Sul-Americana e supera esta fase se candidatando à vaga indireta de Libertadores para, finalmente, conseguir a direta e terminar o ano fechando qualquer acordo. Enquanto este improvável cenário não aparece no horizonte, não cair é a meta. E estamos só em abril.
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