Na semana passada, foi divulgado o relatório sobre a investigação feita no Inter a respeito da gestão anterior à de Marcelo Medeiros. Alguns dados são estarrecedores naquilo que os investigadores chamaram de "gestão temerária".
A cifra de muitos dígitos de dinheiro incerto que saiu do caixa do clube é indecente. Não tenho elementos para avançar sobre conivência ou venalidade de quem dirigia o Inter naquela série patética de equívocos administrativos. O que sei é que parece milagre o clube ter sobrevivido de pé a tanto erro de gestão.
Sei também que deve haver um jeito de os tais R$ 10 milhões voltarem para os cofres do Beira-Rio. Marcelo Medeiros herdou este cenário de plantação queimada e conseguiu, em um primeiro momento, cumprir a obrigação de devolver o Inter ao seu lugar, a Primeira Divisão. Fê-lo sem brilho. No segundo ano, montou um time que disputa ponto a ponto vaga direta de Libertadores e a liderança do Brasileirão.
O presidente vai buscar a reeleição no fim deste ano, não tenho dúvida qualquer, é legítima a aspiração. Ninguém mais do que Marcelo Medeiros sabe que a perspectiva de 2019 é muito melhor para produzir um elenco com mais alternativas e uma equipe titular mais qualificada. Creio que vai conseguir. Merece.
