O presidente Lula relatou mal-estar a auxiliares ao longo do dia e precisou encerrar os compromissos públicos mais cedo após sentir forte dor de cabeça. A decisão de ir às pressas para a unidade de Brasília do Hospital-Sírio Libanês ocorreu no final da tarde de segunda-feira (9), após uma avaliação da médica da Presidência, Ana Helena Germoglio.
Pouco depois das 17h, Lula participava no Palácio do Planalto da agenda mais importante do dia. Estava reunido com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, além de lideranças do governo no Congresso. O objetivo era falar sobre a crise das emendas parlamentares e destravar a votação do pacote de corte de gastos — considerado essencial para o governo na reta final do ano.
Durante o encontro, as dores aumentaram e Lula informou que teria de sair mais cedo. Ao chegar no hospital, no final da tarde, ele foi imediatamente submetido a exames de imagem, que mostraram a hemorragia intracraniana.
Em contato com o médico particular do presidente, Roberto Kalil Filho, decidiu-se pela transferência imediata para São Paulo (SP). Antes, a ideia era aguardar exames no dia seguinte, mas as imagens mostraram a necessidade de uma cirurgia ser realizada o mais rápido possível.
Desde que sofreu uma queda, em 19 de outubro, Lula tem passado por exames de rotina para monitoramento das sequelas.