Após o presidente Lula ser submetido a uma cirurgia para drenagem de um hematoma na cabeça, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, disse nesta terça-feira (10) que o procedimento foi feito por precaução, e que "não há nenhum tipo de sequela". Lula passou o dia sonolento e se queixando de dores. No final da tarde de segunda (9), deixou uma reunião mais cedo e foi levado para realização de exames, que apontaram a hemorragia intracraniana.
Pimenta afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha que ainda será avaliada a necessidade de afastamento formal do presidente. Mas ele terá de permanecer em observação por 48 horas na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (SP). O vice-presidente Geraldo Alckmin assumiu parte dos compromissos que Lula teria ao longo do dia.
Ainda de acordo com Pimenta, o procedimento foi simples e Lula está "estável, consciente e tranquilo". A transferência para São Paulo ocorreu, segundo o ministro, porque Lula prefere ser atendido sempre por seu médico particular, Roberto Kalil Filho, que não estava em Brasília.
— Este líquido tem sido observado em todos os procedimentos de avaliação que o presidente fez desde o dia da batida. Este monitoramento é feito de forma regular e não havia ainda a necessidade de fazer este procedimento porque o presidente não estava com dor de cabeça. A partir do momento em que ontem (segunda) ele teve esta indisposição, acabou-se optando por fazer este procedimento, mas não há nenhum tipo de sequela — afirmou Pimenta.
A transferência para São Paulo ocorreu em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), sem necessidade de UTI aérea. O presidente está acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva. Ao longo do dia, ministros podem se deslocar a São Paulo para acompanhar a recuperação do presidente.