
Depois de subir até R$ 5,90 durante a tarde desta terça-feira (15), o dólar fechou pouco abaixo da barreira psicológica, com alta de 0,67%, para R$ 5,891.
Um possível alívio na guerra comercial fez a moeda americana voltar a ganhar força. É bom lembrar que a cotação havia atingido a mínima em seis meses frente às principais moedas devido à turbulência nos mercados deflagrada por Donald Trump.
Trump fez um aceno às montadoras ao afirmar que cogita alterar a alíquota de 25% aplicada sobre todos os carros fabricados fora do país. O que estaria em estudo são exceções para peças importadas. A taxação já vinha reduzindo o número de pedidos do setor automotivo americano a siderúrgicas localizadas no país, conforme relato do CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, à coluna.
No entanto, não há detalhes sobre a medida que Trump pretende anunciar, o que faz os níveis de incerteza subirem ainda mais. Por isso, ações de montadoras americanas, supostas beneficiadas, cederam. As da Ford fecharam com queda de 2,68%, e as da GM recuaram 1,33%. A China, em resposta ao tarifaço de 145%, deve suspender compras de aviões da Boeing por companhias aéreas do país asiático.
Trump voltou a pedir que a China entre em contato para iniciar as negociações de tarifas, na tentativa de conter a crescente guerra comercial.
— A decisão está com a China. Eles precisam fazer um acordo conosco. Não precisamos fazer um acordo com eles — disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, ao ler uma declaração de Trump.
Detalhe: é a quarta ou quinta vez em que Trump ou integrantes de seu governo convocam a China para fazer um acordo. Até agora, não foram atendidos.
*Colaborou João Pedro Cecchini