
O jornalista Mathias Boni colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Após atingir a mínima de R$ 5,786 nesta quarta-feira (12), o dólar fechou praticamente em estabilidade, com oscilação para baixo de 0,07%, em R$ 5,808, patamar em que orbita durante toda a semana.
Um dado de preços nos Estados Unidos veio abaixo do esperado pelo mercado, aliviando parte do temor inflacionário que envolve a economia americana.
Havia potencial de o movimento provocar uma queda mais acentuada do dólar, uma vez que, com a redução do ritmo da inflação, o Fed (Federal Reserve, banco central americano) tende a cortar o juro básico por lá, atraindo investidores para o Brasil.
No entanto, a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue pressionado a moeda americana. Nesta quarta-feira, entraram em vigor tarifas de importação de 25% sobre todos os produtos de aço e alumínio que chegam aos país.
A medida renova temores de recessão da atividade econômica dos Estados Unidos por ter potencial de gerar inflação. Ainda pode provocar menor entrada de dólares no Brasil, enfraquecendo o real contra o dólar.
As tarifas de 25% sobre as importações de aço devem levar a uma queda de 11,27% nas exportações brasileiras de metais ferrosos, perda equivalente a US$ 1,5 bilhão. A estimativa é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que considera o impacto "insignificante".
*Colaborou João Pedro Cecchini