Depois de orbitar por semanas em torno de R$ 6, o dólar parece ter encontrado um ponto de estabilidade mais baixo na estratosfera. Na sexta-feira (14), desceu abaixo dos R$ 5,70 pela primeira vez em três meses. Na segunda-feira (17), voltou para pouco acima. Nesta terça-feira (18), retornou para baixo do patamar de R$ 5,70 e fechou em R$ 5,689, recuando 0,41%.
Uma injeção do Banco Central (BC) de US$ 3 bilhões no mercado de câmbio em leilão de linha – que embute compromisso de recompra – fez o dólar cair. Com maior oferta de moeda, a cotação costuma baixar. É a terceira intervenção da autarquia só na gestão de Gabriel Galípolo, que começou em 1º de janeiro.
Duas notícias do Tesouro Nacional também acalmaram o mercado de câmbio. Informações preliminares sobre a emissão de títulos em dólares no mercado internacional, anunciada pelo Tesouro nesta terça-feira, apontam demanda maior do que a esperada. Significa que há interesse de investidores de aplicar no Brasil, o que fortalece o real. Ainda houve venda de todo o lote de 5 milhões de Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B), o que também evidencia o apelo.
A alta nos preços das matérias-primas (commodities) também trouxe impacto positivo para o real, uma vez que a economia brasileira é altamente baseada na exportação destes produtos.
*Colaborou João Pedro Cecchini