Maior instituição municipal de ensino de Porto Alegre, a Escola Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha, no bairro Sarandi, teve de ser reconstruída depois da enchente de maio de 2024. Para fazer a obra que exigiu cerca de R$ 8,8 milhões, uniram-se duas multinacionais brasileiras, Gerdau e Ambev. Nesta sexta-feira (31), deve ocorrer a inauguração.
A parceria surgiu com a mobilização de empresas para acelerar a reconstrução e revitalização de pontos essenciais na cidade, e teve participação de outras organizações, entre as quais Movimento União BR, Dolphin e Brasil ao Cubo.
A Ambev foi responsável pela gestão da obra, incluindo a criação de quadras esportivas profissionais, a revitalização estrutural e a inclusão de novas estruturas de segurança, como escadas de emergência.
A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço que nasceu não muito longe dali, na Avenida Voluntários da Pátrica, fez doações com o Movimento União BR, especializado na criação de hubs emergenciais, que atua no Estado desde setembro de 2023. A Dolphin foi responsável pela revisão elétrica.
A iniciativa tem apoio e tecnologia da Brasil ao Cubo, construtech que integra a Gerdau Next, braço de novos negócios da Gerdau, especialista em construção modular off-site (com montagem fora do canteiro de obras). A obra levou 80 dias.
Segundo Paulo Boneff, líder global de responsabilidade social e desenvolvimento organizacional da Gerdau, a escola ficou dias inundada, o que corrompeu a parte elétrica, crucial para a escola que tem cursos de eletrotécnica, eletrônica, informática para internet, manutenção automotiva, mecânica, química, segurança do trabalho e design de interiores.
O estrago foi tamanho que foi preciso refazer as estruturas de sustentação da escola, relata o executivo. Também foi preciso refazer os banheiros, quase destruídos, e trocar o piso de todas as salas de aula.
– O retorno para a escola é uma ação de apoio à educação, e, indiretamente, para as famílias e a economia — diz Boneff.