Foi por um triz: o dólar passou a maior parte do dia cotado no patamar de R$ 5,70, mas fechou o dia sem cruzar essa nova barreira psicológica.
No final da tarde, a alta se moderou e com oscilação para cima de 0,11% o câmbio fechou em R$ 5,697. Não houve ameaça ao recorde do governo Lula, de R$ 5,74 no dia 5 de agosto, a segunda-feira em que a bolsa de Tóquio despencou 12,4%.
Como não houve notícias negativas no Brasil - foi dia de anúncio de arrecadação recorde em setembro, o que em tese ajuda no cumprimento da meta fiscal -, a "culpa" da pressão diária foi atribuída por analistas a... Donald Trump.
Um dos indícios que ajudaram na definição do "suspeito" foi o novo recorde nos contratos futuros de ouro. A interpretação de que Trump voltou a ser favorito para vencer a eleição para a presidência dos Estados Unidos, em duas semanas, relativizou a expectativa de redução dos juros nos EUA.
Outro fator acompanhado com preocupação foi a alta de 2,2% do barril de petróleo, para US$ 75,90. Desta vez, o motivo teria sido a redução de expectativa de trégua no conflito do Oriente Médio.