Se havia dúvida, o estresse da quinta-feira (22) tirou: o mercado não vai se satisfazer só com declarações sobre a possibilidade de elevar o juro básico. Como uma manifestação de Gabriel Galípolo, favorito para ocupar a presidência do Banco Central (BC) em janeiro, havia sido interpretada como mais dura até do que a do atual presidente, Roberto Campos Neto, o virtual sucessor fez questão de lembrar que a decisão de setembro sobre a Selic está aberta, ou seja, pode não haver aumento. O dólar quase voltou ao patamar de R$ 5,60 e a bolsa interrompeu sequência de três recordes máximos sucessivos. Roberto Padovani, economista-chefe do BV (de banco Votorantim), explica o racional sobre a reação: o modelo do BC mostra que a Selic de 10,5% não levará a inflação a 3% ao ano, meta com a qual o governo Lula se comprometeu.
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Análise
Copom deve elevar juro em 0,25 em setembro para chegar a 11,5%, projeta economista
Roberto Padovani avalia que falar em aumento ajuda, mas não resolve, porque taxa atual não levará inflação ao centro da meta
Marta Sfredo
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