Se antes da apresentação do balanço de 2023, a Nvidia, produtora de chips destinados a aplicações de inteligência artificial (IA), já impressionava pela valorização em bolsa de valores, depois assombrou ainda mais.
Em um único dia, a companhia que atropelou big techs mais "tradicionais" somou US$ 270 bilhões a seu valor de mercado (preço das ações multiplicado pela quantidade). Sim, parece, mas não está errado: são quase três centenas de bilhões. De dólares. Em um dia.
Para tentar ajudar a entender, é como se a Nvidia tivesse "engolido", em menos de 24 horas, uma Petrobras, uma Vale e um Itaú - três das maiores companhias de capital aberto do Brasil, que valem juntas cerca de US$ 216 bilhões.
E quanto passou a valer a produtora de chips? US$ 1,94 trilhão. Para dar uma ideia do que significa, toda a riqueza produzida no Brasil no ano passado é estimada em US$ 2,13 trilhões, o que significa que o valor de mercado da Nvidia é quase do tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Como a coluna já havia relatado, os semicondutores da Nvidia são usados em data centers que dão suporte a aplicações de inteligência artificial. A estrela da companhia é o H100, que tem 80 bilhões de transístores, cinco vezes mais do que os iPhones mais atualizados.
Mas, afinal, o que tinha nesse balanço que animou tanto o mercado? O lucro líquido deu um salto de 769% no último trimestre de 2023, para US$ 12,3 bilhões. A receita no período pulou 265%, para US$ 22,103 trilhões.