Apesar do socorro de de US$ 6,5 bilhões em divisas garantido pela China, a economia da Argentina começou a travar quando faltam quatro dias para as eleições.
Sem saber quanto vão custar produtos e serviços no curtíssimo prazo, fabricantes e varejistas não estão fazendo muita questão de fechar negócios neste momento.
Depois do reforço que, conforme informações extraoficiais, serviria apenas para não raspar 100% das reservas do Banco Central de la República Argentina (BCRA), o dólar blue, paralelo mais usado no país, cai a 800 pesos - chegou a ser cotado a 1 mil, na semana passada.
O problema é que, depois do sumiço do dólar oficial, agora é o blue que ninguém acha. Os pontos de negociação cambial informais, que são tolerados há mais de uma década, sofrem operações de busca e apreensão desde a semana passada. Por isso, esses operadores pararam. E surgiu o "blue do blue", ou seja, o paralelo do paralelo, que vale 900 pesos.
Javier Milei, considerado favorito por ter feito mais votos nas prévias argentinas - e se manter na liderança das pesquisas -, sofreu um revês. Em entrevista ao jornal espanhol ABC, o economista liberal francês Guy Sorman, de quem o candidato foi aluno, classificou a perspectiva de sua eleição de "terrível":
– Em primeiro lugar, é um doido, e só em segundo plano é liberal.