A Vinícola Campestre leva em seu nome a cidade em que foi fundada em 1968. Quase meio século depois, em 2014, os sócios adquiriram nova propriedade, em Vacaria, onde hoje concentram a maior parte da produção e também o foco do seu projeto de enoturismo lançado em 2020.
A propriedade tem 84 hectares, dos quais 28 são de plantio de parreirais. Há bastante espaço disponível para receber visitantes e estender a rota do enoturismo da Serra até os Campos de Cima da Serra.
— Para poder compartilhar toda a beleza da propriedade com o público, a vinícola lançou o programa de enoturismo em 2020. Além de passear nos parreirais, os visitantes recebem explicações técnicas sobre produção e engarrafamento, conhecem as caves, e terminam fazendo degustação dos vinhos da casa — explica Indianara Barros, uma das responsáveis pelo setor de turismo do empreendimento.
Lançado pouco antes do início da pandemia, o programa demorou um pouco para engrenar. Ao longo de 2021, começou a receber mais gente, até que, com a redução do número de casos de covid-19, teve seu melhor momento em 2022.
Nos últimos dois anos, a vinícola investiu na estrutura e na capacitação da equipe para qualificar a experiência dos visitantes. Um restaurante com pratos italianos aberto há dois anos ajuda a atrair turistas. Hoje, recebe cerca de 350 pessoas em média por mês.
— Essa região é muito bonita e tem um terroir diferente dos demais, com características únicas de altitude e clima, oferece mais uma opção tanto de turismo como de degustação das bebidas para os amantes do vinho no Estado — acrescenta Indianara.
É um terroir que a Campestre ajudou a desenvolver. A vinícola tem como carro-chefe de suas vendas os vinhos de mesa. A empresa foi reconhecida como maior vendedora de vinhos tintos suaves do Brasil nos últimos oito anos, vendendo a bebida em todo o país. Em Vacaria, a vinícola produz também uma linha de vinhos finos, chamada Zanotto, em homenagem à família administradora do negócio.
São 12 tipos de vinho elaborados com uvas de variedades como merlot, cabernet sauvignon e pinot noir. Além dos vinhos, também produz sucos, espumantes, cervejas e até destilados, como brandy e grappa, a famosa aguardente de uvas tipicamente italiana.
— Por isso dizemos que o passeio vale a pena até para quem não gosta de vinho. A vista na propriedade é incrível, o contato com a natureza é revigorante, e ainda oferecemos diversas opções de bebidas e comidas que agradam a todos. Se gostar de vinho, fica ainda melhor — reforça Indianara.
Serviço: a Vinícola Campestre se localiza na Rodovia Régis Bittencourt, em Vacaria, distante cerca de 250 quilômetros de Porto Alegre. O local abre todos os dias, mas visitas guiadas devem ser agendadas. O valor da visita com as explicações e a degustação é de R$ 70 por pessoa, dos quais R$ 20 podem ser revertidos em compras na loja. Há um combo da visita com almoço no restaurante que custa R$ 150 por visitante.
Essa seção inclui experiências acumuladas ao longo da pandemia e sugestões de leitores. Quem quiser indicar pequenos negócios que se tornam grandes passeios pelas atrações que oferecem, podem mandar pelos e-mails marta.sfredo@zerohora.com.br e mathias.boni@zerohora.com.br, ou deixar aqui nos comentários.
* Colaborou Mathias Boni